Ontem fui a um evento aqui em Santa Cruz do Sul em homenagem ao Dia Mundial do Rock com o nome: “A Juventude faz História”
Tal evento era um “aulão de história 2011” e fui para buscar um pouco de idéias, talvez organizar a cronologia do rock, que para uma fã como eu, é atemporal, ainda há umas semanas atrás só estava escutando Elvis Presley como se ele tivesse lançado “Burning Love” este mês, mas me deparei com um show que misturou teatro, dança e música ao vivo, acompanhados de um telão multimídia, onde imagens clássicas da história do mundo e do rock iam sendo mostradas e misturadas fazendo um link interessante, emocionante e muitas vezes bem humorado com a história do rock que estava sendo explicitada através da arte. Massa né?!
Foi uma noite que me surprendeu, me inspirou e emocionou, percebi que curto rock desde que me conheço por gente, tive momentos de “reviver” onde lembrei de mim e da minha irmã escutando Guns N' Roses ou fascinadas, já nos anos 90, com a MTV lá na TV grande do quarto dos nossos pais, lançando Nirvana, Pearl Jam, REM, Faith no More.
Voltei aos tempos de colégio quando nos recreios os guris tocavam violão e cantarolávamos juntos músicas da Legião Urbana, Paralamas, Titãs, U2, Beatles, Jon Bon Jovi... Recordei-me quando ainda criança fuçava os discos dos Beatles da minha madrinha e adorava a capa do disco do Queen que minha mãe guardava para não quebrarmos.
O presente inesquecível da minha infância foi um toca discos, daqueles que hoje em dia é uma relíquia que a gente vê nas feirinhas de antiguidades, sabem?
Mas não me declaro uma roqueira, gosto de música e isso mais do que me basta.
Se a música me agrada, independente de ser rock ou não, pode ter certeza que estarei lá dando os meus ouvidos a ela, emprestando minha voz desafinada á beça para cantá-la e dançando e pulando nos shows. Mas não olhem para mim estranho caso minha roupa não siga o visual da maioria, caso meus pulmões não estejam inalando fumaça somente para me enturmar, caso minhas atitudes não me façam parecer de um grupo específico, transgressor ou não. Assim como não sou roqueira, também não sou pagodeira, funkeira ou qualquer outra coisa, e como alguém “não-alguma coisa” não preciso ser recriminada por não estar vestida ou agindo conforme os grupos.
Não tenho interesse em dar essas satisfações, quero diversificação e união. Eu quero o rock enquanto ferramenta para unir semelhantes, e não um muro para excluir os diferentes e glorificar a estupidez. Sonho em ver as pessoas agirem porque querem agir, e porque acreditam e não apenas porque todos estão agindo ou ouvindo.
Apenas estou viva para música... só me perdoem se minha paixão é o roquenrou! (risos)
O rock não é apenas música para dançar, apesar de ser eletrizante, rápido e por isso também dançável, ele é um som onde interagimos ao bater o pé, agitar o corpo, rodopiar, estender os braços, olhar no olho do amigo ao cantar, quase beijar o gato cabeludo ao teu lado no show quando a banda toca aquele refrão arrebatador.
Começou como um movimento cultural que os jovens gostavam de escutar, comprar e seguir, porém estes jovens são admiradores até hoje e compartilhamos da companhia deles nos shows de rock, ou talvez já sejamos um deles para a gurizada que está bombando nos shows dos The Strokes, por exemplo.
O rock não envelhece. Lembrem que o primeiro roqueiro tem a idade da minha mãe. Se você for mais jovem, da sua avó.
Acho que o rock está longe de salvar o mundo, mas acabo minha homenagem lembrando das inúmeras vezes que roqueiros como John Lennon, George Harrison, Marvin Gaye, Bobby Geldof, o próprio Bono Vox, Elton John, Sting, Mark Knopfler, Phil Collins, Eric Clapton esqueceram antigas desavenças em prol de causas sociais ou organizaram e se reuniram para eventos que movimentaram o mundo inteiro envolvendo a humanidade em questões realmente importantes.
Ah e me desculpem se reverencio o baiano Raul Seixas, um dos maiores mitos do rock nacional, ao gritar: Toca Rauuul! nos shows que vou com minha galera!
Nos tempos de terçaneja, quartaneja, quintaneja, sextaneja e sertanejo também nos finais de semana, tenho orgulho de mim e de meus amigos, do grupo da resistência, que passamos muitos sábados jantando juntos rolando DVDS como Paul Mccartney, The Police, John Mayer, Stones, Santana, Aerosmith...
3 comentários:
Cunhada:
Pena que não consegui contribuir, mas tu te basta! hehehehe
Só queria complementar algumas coisas que tu escreveu:
- Primeiro roqueiro: Com certeza foi Chuck Berry! E dona mary não tem 84 anos! hehehehehe
- Tu esqueceu de falar do Pink Floyd, que depois de 24 anos separados, esqueceram suas divergências e se reuniram por uma causa nobre, e do Black Sabbath, que também organizou um revival depois de 18 anos separados, mas não foi pela mesma causa que o Pink Floyd.
Beijo!
Obrigado por ler e complementar meu post cunhado!!
Tua opinião eh mto importante e tens uma grande influência sobre mim em se tratando de música!!
Vão complementando o q faltou galera, por favor!!...
Beijos!!
Ótimo texto, mas com uma ressalva:
-Marvin Gaye foi um grande cantor de Rhythm and blues e SOUL,junto com All Green e Ray Charles. Na verdade o R&B foi o percursor do Rock.
Abraços.
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