Fomos assistir a peça Maria do Caritó, uma comédia estrelada pela Lilia Cabral.
Só uma paradinha...vão assistir se tiverem oportunidade!!
Não gosto muito de ler sinopses antes, curto a surpresa. Lilia Cabral, estrelando uma comédia escrita por Newton Moreno especialmente para ela, diversão e interpretação impecáveis garantida! E como a ironia do destino sempre me acompanha, a peça era sobre uma mulher de 50 anos, solteirona, devota fervorosa de Santo Antônio, mas “presa” á uma promessa que seu pai tinha feito de que se ela sobrevivesse ao parto difícil, ela seria prometida ao Santo Djalminha, mantendo-se pura e casta até morrer. Na cidade nordestina onde viviam, ela era considerada santa, mas ardia em desejos de casar-se e acreditava no amor, e na fé...
Dia dos namorados, véspera do dia de Santo Antônio, eu e minha mãe no Teatro assistindo a uma peça sobre o tema que eu tentava fugir! (risos).
A peça inicia com Lilia Cabral, realmente trepada num poste tentando pegar a bandeira de Santo Antônio e se preparando para mais uma simpatia dedicada ao Santo Casamenteiro, hábito de 35 anos já em sua vida...
Relembrando as situações cômicas vividas na peça pela Maria, pensei nas tantas loucuras que a mulherada faz para estar acompanhada neste dia, para desencalhar a tempo, enfim. Há 1 ano atrás nesta época, lembro que estava no meu apê em Porto Alegre com uns amigos e uma das gurias anunciou: “tenho que arranjar um namorado até dia 12 e vou arranjar”, minha irmã, noiva na época, hoje casada já, disse: “ corre amiga porque o dia tá batendo na porta!” Resposta dela: “mas pego qualquer um, sozinha é que não fico!!” Engraçado, os guris foram indo embora um por um, de fininho...risos, brincadeira!
As opções para o dia de ontem bateram a minha portinha, e como sempre, assim como chegar ao Teatro e perceber que a protagonista da peça se tratava de uma solteirona que não quer chegar aos 50 anos sem conseguir um marido, foram super engraçadas e vou deixar um pouco de lado a reflexão e contá-las agora, provando a vocês, meus leitores amados, que ás vezes é sim “melhor estar solteira do que mal acompanhada!!”
Só não vou ficar aqui tentando convencer vocês de que a vida de solteiro é legal, mas dá sim para fazer muita coisa bacana!
Começou com os convites para baladinhas de solteiros:
A balada do Dia dos Namorados intitulada "Pagode dos Solteiros". Mas a novidade está logo na entrada onde cada pessoa terá que escolher um dos três tipos de pulseiras disponíveis: a verde, onde está escrito "Siga em frente", a amarela, com a frase "Vá com cuidado", ou a vermelha, que contém os dizeres: "Não sei o que estou fazendo aqui hoje". (novidade pra quem?!, devo ser “macaca velha”).
E aquelas festas para os solteiros terem a "última chance" de conseguir um par. Algumas delas chegaram a criar mecanismos cheio de segundas intenções para facilitar os encontros tipo: serviço de bilhetinhos para ser entregue a pessoa que chamou sua atenção, distribuição de maçã do amor (tipo quermesse), uma rosa para solteiras (bem me quer, mal me quer...). Faz logo dose dupla de vodka com alguma coisa para a gente esquecer desta data e eliminar o filtro bom papo e inteligência e até o beleza, idade...!! Melhor deixar o check list em casa neste dia!!
As propostas mais diretas vieram por e-mail ou MSN... solidariedade de amigos e parentes!!
A idéia de alugar estava em alta este ano:
“diz:
se precisa aluga um namorado to ae
do bj na boca, visito os pais, vou ao cinema
digo q amo
rsrsrs” (só não aceitei por causa da risada no final, não me pareceu convincente...risos!)
E os engraçadinhos, tão desesperados quanto a mulherada, fala sério!, se aproveitam:
“Alugando um namorado? As mulheres preferem alugar mesmo? Ta feia a situação assim? rs.... Amigo, aluga a Princesa, cade ela? Kkkkkkk”
Princesa/Santinha=boneca inflável.
“Bem que o amigo (da onça né!) poderia por um anuncio no jornal alugando a Santinha pra domingo (pow aluga pro findi inteiro pelo menos, ah e se for o Selton, aquele do "mulher invisível" que for alugar avisem eu e as gurias que a gente se reveza, e se faz de boneca e tudo!)
Descrição: Não incomoda, não fala, aceita qualquer presente não pontiagudo, All-in-holes, nada de jantares ou almoços a luz de velas, não precisa gastar muito”
E pra arrematar a observação do final: “Meu Deus, já chove de gente querendo alugar
hehhehhe”
Se este cara tem namorada...ou tinha... (risos)
Hei, hoje já é Dia 13 de Junho, dia de Santo Antônio... fé, que não custa fazer alguma coisinha né... a Maria do Caritó casou-se depois de 35 anos de simpatias e devoção...
Dica de uma grande amiga:
“Keeee o santo Antonio é vida!
Tiro e queda!
Uma vez eu e minhas amigas la da minha cidade combinamos de presentear uma as outras com santo antonio, daqueles que da pra tirar o filho. Presente dado, cada uma Tirou o filho dele em troca de namoraro.... Um mês depois todas estavam namorando. Somente amiga que nao quis participar da brincadeira ficou solteira e ate hj...!!!”
E o presente que me dei:
Segue sinopse da peça, vale destacar o figurino criativo e divertido assinado por Serroni. E a trilha sonora de Alexandre Elias.
Maria de Caritó
Texto: Newton Moreno
Direção: João Fonseca
Elenco: Lilia Cabral, Leopoldo Pacheco, Dani Barros, Fernando Neves e Silvia Poggetti
Gênero: Comédia
Classificação: 12 anos
Duração: 100 minutos
Release
Interior do Nordeste, 1964, Dia de Sato Antonio. Na beira de um rio, uma senhora executa algum tipo de simpatia para arranjar um marido. Em seu diálogo com o santo em questão, ela clama por um companheiro. Entendemos que ela não agüenta a solidão em que vive e está decidida antes de ?encostar? nos cinquenta a ?sair do caritó?. Custe o que custar. Está sozinha porque seu pai a prometeu como noiva de São Djalminha, para a curar de um parto complicado durante o qual sua mãe teria morrido. Uma cigana profetiza que alguém que a ama muito viria de longe numa caravana de artistas. Maria parte em busca de seu amado, ainda que tenha que enfrentar a fúria de toda uma cidade que clama por sua sacrossanta virgindade
Texto: Newton Moreno
Direção: João Fonseca
Elenco: Lilia Cabral, Leopoldo Pacheco, Dani Barros, Fernando Neves e Silvia Poggetti
Gênero: Comédia
Classificação: 12 anos
Duração: 100 minutos
Release
Interior do Nordeste, 1964, Dia de Sato Antonio. Na beira de um rio, uma senhora executa algum tipo de simpatia para arranjar um marido. Em seu diálogo com o santo em questão, ela clama por um companheiro. Entendemos que ela não agüenta a solidão em que vive e está decidida antes de ?encostar? nos cinquenta a ?sair do caritó?. Custe o que custar. Está sozinha porque seu pai a prometeu como noiva de São Djalminha, para a curar de um parto complicado durante o qual sua mãe teria morrido. Uma cigana profetiza que alguém que a ama muito viria de longe numa caravana de artistas. Maria parte em busca de seu amado, ainda que tenha que enfrentar a fúria de toda uma cidade que clama por sua sacrossanta virgindade
Na cultura popular nordestina, Caritó, é a pequena prateleira no alto da parede, ou nicho nas caixas de taipa, onde as mulheres escondem, fora do alcance das crianças, o carretel de linha, o pente, o pedaço de fumo. E assim, a moça que ficou no caritó, é aquela que ficou na prateleira, sem uso, esquecida, guardada, intacta.
O pai leva ao doutô
A filha adoentada
Não come não estuda,
Não dorme, nem quer nada
Ela só quer, só pensa em namorar
Ela só quer, só pensa em namora
Luiz Gonzaga
Nenhum comentário:
Postar um comentário