Acabo de realizar minha quarta mudança de casa aqui nesta cidade em 9 meses. O engraçado é que na segunda casa morei 1 semaninha apenas e na terceira exatamente 3 dias... agora estou “hospedada”, nada mais merecido (risos), na casa de um amigo, o Flávio, e esta experiência será a Parte 2 deste post...
Tento ver tudo de uma perspectiva boa, sabe, pois acredito que a atitude positiva seja meio caminho andado para tudo dar certo.
Deixei meus amigos de uma vida para morar em uma cidade desconhecida, muito diferente daquela de onde vim. Ainda que o trabalho não seja muito mais do que o que já tinha feito em outras empresas, toda esta experiência está me ensinando a ser uma pessoa um pouco menos ansiosa, mais forte, mais independente ainda, mais relaxada e tranqüila, mais “crescida”. Aprendo coisas sobre mim e sobre valores de amizade e família que desconhecia ou que já tinha esquecido. Depois que cheguei aqui coloquei em prática projetos antigos, como escrever, participar de encontros literários, grupo dos Amigos do Cinema, que não sei bem o porquê, não fiz anteriormente na cidade em que morava, onde, claro, deixei um pouco (talvez muito até) de mim... mas isso fica para outro post quem sabe.
Pois agora apenas vou contar algumas coisas engraçadas, algumas de minhas atrapalhadas neste processo todo. Não importa que você tenha vindo de uma capital, uma cidade grande, você vai se perder igual. Sendo atrapalhada e um pouco desligada, você não só vai se perder nas ruas, como vai errar a sua própria rua e o prédio onde está morando.
A primeira vez que fiz isso estava de carona com uma amiga, indiquei a rua errada para ela entrar e cheguei ao ponto de parar no prédio errado, fiquei com tanta vergonha, que levei a mentira adiante...desci do carro e fiquei abanando que nem uma abestalhada até ela arrancar o carro e eu poder tomar o rumo certo. Lembrem que mentira tem perna curta... (risos)
Uma outra vez podia ter sido presa e ficado conhecida na cidade inteira, quando tentei abrir, insistentemente a porta do 303 ao invés do 403, meu apê. E ainda chamo de meu?!... (risos)
As vezes que não soube dar meu endereço, tantas vezes quanto não soube dar meu número de celular, também né gente, com essas agendas, não digitamos mais os números. O que fiz? Escrevi o nome da rua como mensagem rascunho no telefone, para quando precisasse, ah e precisei muito!!!
Outra clássica foi dar aquela corridinha e aproveitar que a vizinha estava chegando e entrar na recepção com ela... ops, prédio errado... “- oi entrei para conhecer a recepção, bonita hein, diferente!!...tchauzinho!!” Mico!!
E as sacolas para lá e para cá, me sinto a típica “sacoleira do paraguaí”, e é justo nesta hora que você encontra aquele gato do prédio, que você está de olho faz tempo... cabelo desgrenhado, tênis velho, suada de tanto carregar sacola, e o mico de ser flagrada assim equilibrando bugigangas, sapato caindo de uma sacola de plástico, o seu “porta calcinhas” na outra mão, com seu kit sacola de viagem e frasqueira laranjão, podre de sujo de tantas “andanças”... “quer uma mãozinha aí vizinha?” Aiiii, fone de ouvidos e óculos de sol, onde eu deixei?!?!
Minha colega que me dá carona de volta da academia se diverte às minhas custas, mando ela ir reto para depois chegar à conclusão que moro para o lado contrário, no segundo endereço, aquele que fiquei 1 semana, errei a rua, “- ops, acho que é a de baixo, pow, Carol, tu mora na cidade e não sabe onde fica esta rua? Ou será que te dei o nome errado” “- amiga também conheço pouco aqui e vai- te à...”, “- hei, paciência comigo po...!!”
Não vim para o interior para andar de ônibus, curto caminhar aqui e ainda assim me perco, pobre louca, até porque nas poucas vezes que peguei ônibus, ou foi para o lado errado, ou, pior, eu e a Lisi, para agilizar nosso dia, pegamos um ônibus,“- vai para o centro?” “- sim, mas passa na Universidade antes” Chegando na Universidade, quando nos damos por conta, todos desceram, inclusive cobrador e motorista, menos nós. Se não bastasse, ainda fecharam as portas do ônibus! 15 minutos trancadas dentro de um ônibus de linha no pátio da Universidade, controlando a fobia, tendo que ligar para avisar que íamos nos atrasar! “- é que damos uma paradinha de 15min aqui sempre” diz o cobrador “- legal e não avisam nada, apenas trancam quem não desceu dentro no bus, queria ver se eu sofresse de síndrome do pânico!”
Uma mudança traz sempre renovação de energia. Você enfrentará perdas, mas se mantiver a mente e o coração aberto e coragem, essa experiência proporcionará muito mais ganhos e aprendizados.
Quanto tempo vou ficar aqui? Façam suas apostas!! (risos)
Apenas uma dica: “ sou cidadã, enfermeira e agora blogueira do mundo...”
“Mas meu teto tem estrelas
E no alto um disco voador
Voando sobre o mar
Mudando de lugar
Querendo me levar prá outro mundo”
2 comentários:
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Como disse mudança eh sempre bom.Novas ideias,perspectivas e ate uma nova maneira de ver as coisas,todos e o mundo. Mas vamos comentar quem eh que nao passa por uns micos em cidade nova. Kath estou torcendo por vc! ^.^
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