sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Se nossos sapatos falassem...

Aquele sapato que nos dá sorte, aquele que uso com o gato mega alto jogador de basquete, aquele par raríssimo com os swarovskis que tenho um, aquele que me matei procurando, fiz plantão em todos os shoppings da cidade, mas consegui, ou o que usei no casamento. O casório não deu certo, mas o sapato dá o maior caldo...

E o scarpin preto bico fino, salto 10, que todas temos um, algumas de nós, eu inclusive, em uma versão mais fashion... são tantos que se eles falassem contariam as melhores histórias das nossas vidas, porque são coadjuvantes de tudo que passamos. Ou responsáveis, afinal quem nunca sofreu no dia seguinte por causa de um sapato lindo, mas desconfortável? ou deixou de aproveitar uma festa por causa daquela sandália maravilhosa, acabando com seus pés a ponto de fazer você sentar o resto da noite? minha amiga Dê que o diga...

Nossos sapatos que às vezes tiramos, mas muito raramente esquecemos, deixamos a bolsa mas o sapato lembramos de pegar, nem que seja para sair com eles balançando em nossas mãos, feito cinderelas modernas...aliás, que cena sexy aquele par de sandálias altíssimas nas mãos ao sairmos do carro ou do quarto...depois de uma noite maravilhosa.

Sim, os homens deveriam se dar por satisfeitos quando nós mulheres fazemos deles gato e sapato...Me atrevo até a dizer que lembramos mais das histórias relacionadas aos nossos calçados, do que dos antigos amores. Quem sabe se associarmos sapatos aos amores do passado lembraremos deles com mais carinho...ou, pelo menos, lembraremos do nome deles, dos antigos amores...não é necessário mencionar, a marca daquela bota sensacional que valoriza qualquer look, jamais esqueceremos...

E muita calma em certas horas, sapatos em momentos oportunos podem virar uma arma...qual mulher não teve vontade de jogar aquela plataforma na cabeça de um cara na hora de uma discussão ou mesmo de um pé na bunda? Ou dar aquela pisada quando ficamos horas esperando, ou quando desmarcam um programa em cima da hora? Como se fosse simples escolher um sapato para o tal encontro...”e se eu ficar mais alta que ele?”...”e se este sapato me apertar e eu mal conseguir caminhar?”...”este não é aquele par que estava usando quando nos conhecemos?”... Sem falar na vontade doida que dá de vez em muito de botar o pezinho ou só o saltinho fino praquela mocréia exibida, empatando seu caminho, cair...do salto (dela), claro!

Na época da faculdade, bus lotadaço, estava eu atravessando por dentro do ônibus, tentando chegar na porta de saída para descer na parada certa e não ter que caminhar algumas quadras, e uma mulher muito grosseira e afobada, chutou meu sapato de uma maneira, que arrancou meu salto...sim, perdi o salto!!!...o que fazer?!?! Fiz que nem vi, depois arrancava o outro salto ou comprava um sapato novo, nada mal esta última hipótese né?...mas, como sempre tem alguém para “anunciar” nossas atrapalhadas, uma mulher pegou meu salto na mão e disse, antes de eu descer do mercedão lotado: “moça, pega aqui teu salto, ele caiu...” eu humilhada, totalmente sem jeito, aahh!!!! e agora?!?!?! quer saber? peguei meu salto, ergui a cabeça e desci do bus, dando muita risada. Saio com o salto na mão, mas não saio sem salto!!!

E pra mim, neste dia, restou uma parte daquela música escrita por Paula Toller, George Israel e Herbert Vianna: “prendeu seu salto dentro de um bueiro, perdeu todo o respeito...” Até porque, tudo que é relacionado aos nossos tantos pares de sapatos é assunto muito sério e apaixonante...
PS: os sapatos mencionados neste texto NÃO são mera coincidência, tenho todos...


Então meninas, alguém tem uma história tão boa quanto essa para compartilhar com a gente?! (aposto que sim!!!).


“Não se deixe enganar pelo calendário. Os únicos dias q existem no ano são aqueles q você usa...” (Charles Richards)

Um comentário:

Manu Minussi disse...

Muitissimo sucesso amiga! O blog esta incrivel! Grande beijo